domingo, 9 de setembro de 2012

DEZEI-ME VÓS, de Danilo Coimbra



DEZEI-ME VÓS


Se sois vós quem acreditais em amor
Dizei-me agora onde andam vossos parceiros
Será nos pastos ou nas campinas?
Ou estarão caçando?
Dizei-me vós, queridas senhorinhas
Se acreditais no amor,
Por onde andarão vossos parceiros?

Existia em minha cidade
Uma senhorinha por nome Vanda
Era muito bela, também muito faceira
Gostava de correr atrás dos pássaros
E de refrescar-se no rio onde lavava roupas
Jovem, bela e destemida
Não havia em nossa cidade quem não a admirasse

Pois digo-vos já  a sorte de Vanda
Vanda, tão fresca e tão radiante
Acabou se apaixonando
Um jovem que cá esteve
Vindo de não sei onde
Partindo não sei por que
Levando consigo o coração de Vanda

Agora, pobre menina
Vive não sei por que
Chora sem nenhuma razão
Brinca na solidão
Suspiros incontáveis
Aquela que sempre sorria
Afundou-se na nostalgia

Me digam agora, ó senhorinhas
Se vós acreditais no amor
Por que sofre a menina?
Dizei-me sem pressa
Por que eu vos espero
Se amor existisse não teria ido embora
A luz dos olhos daquela menina.

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