quarta-feira, 18 de julho de 2012

História da Arte



Introdução à História da Arte

            Há milhares de anos, o homem tem-se preocupado com a beleza de tudo que o rodeia. Esta preocupação faz com que a arte exista e, conseqüentemente, os artistas.
            Podemos conhecer, admirar e descobrir os segredos da arte através de sua história.

 


 A arte na pré-história

O período que vai do aparecimento do homem até a invenção da escrita chama-se Pré-história. Esta fase está dividida em três períodos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. Na Idade da Pedra o homem confeccionava seus instrumentos com pedra e argila. Na Idade dos Metais esses instrumentos passaram a ser confeccionados com metais.

Período Paleolítico: No Período Paleolítico os homens eram nômades e instalavam-se provisoriamente em cavernas. As pinturas paleolíticas eram feitas nas paredes das cavernas, onde eram representados animais e o próprio homem em atitude de caça. Os pintores eram bastante observadores e representavam as figuras sem movimento. Na escultura paleolítica, todo realce era dado ao corpo: o ventre, os seios e as nádegas era exageradamente volumosos, ao passo que a cabeça e as pernas eram apenas prolongamentos disformes do tronco. O tema preferido eram as mulheres.

Período Neolítico:  Neste período os homens instalaram-se em lugares fixos, construindo cabanas para viver e também monumentos e tumbas para os espíritos de seus antepassados. Na pintura, as figuras são mais estilizadas. Há representação de vida coletiva e as figuras são representadas com movimento. Na escultura, não há nenhuma preocupação naturalista. As figuras são mais símbolos que representação de modelos. Neste período surgiram as primeiras construções arquitetônicas: o dólmen, que era um altar para culto.


 Egito Antigo
O povo egípcio era muito religioso. Preparavam-se para enfrentar a viagem após a morte, por isto embalsamavam os corpos e os colocavam em locais devidamente preparados. Este povo era grande conhecedor das ciências exatas e da medicina. As obras de arte giravam em torno da religião e da vida após a morte.
            Pintura e escultura: a arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco de desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil  (Lei da Frontalidade). O tamanho das pessoas era representado de acordo com sua posição social. As figuras masculinas eram pintadas de vermelho e as femininas de ocre. Os monumentos e a maioria das esculturas tinham grande dimensão, dando sensação de grandiosidade.
A arquitetura egípcia era monumental.  Destacam-se as construções dos grande templos e das tumbas. As pirâmides foram construídas para servirem de tumba real. As principais pirâmides do deserto de Gizé são: Quéops, Quéfrem e Miquerinos.


Mesopotâmia


            A Mesopotâmia (terra entre dois rios) é uma região da Ásia que foi progressivamente povoada na época neolítica e proto-histórica.
Um dos mais antigos habitantes da Mesopotâmia foram  os sumerianos (a partir do IV milênio a.C.), que construíram uma grande civilização, e criaram uma linguagem escrita em caracteres cuneiformes.
As cidades sumérias que se estacam são Uruk, Ur e Nipur.
Os sumérios empregavam, em suas construções, o tijolo cru (adobe) ou cozido, em vez de pedra. Também usavam mosaicos coloridos na decoração de templos e palácios. Produziram um grande número de estátuas, como a célebre Dama de Uruk.
Os sumérios foram absorvidos, em sua cultura, pelos babilônios, que produziram uma arte que era a fusão das artes arcadinas e neo-sumerianas. Destacam-se o  cudurrus (marcos) ornamentados com baixos relevos minuciosos.
Também destacam-se os assírios (Império mesopotâmico que nos séc. XIV-XIII e IX-VII a.C. , dominou o Oriente antigo. Sua arte teve plena expansão entre os séc. XIII-VII a.C.
Na arquitetura eram limitados a materiais frágeis como o adobe, mas tiveram um gigantismo arquitetural, destacando-se os Zigurates (torres de andares). Para adornar as enormes fachadas, o assírios recorriam a tijolos esmaltados, relevos e enormes estátuas verticais.
A narração mitológica e façanhas dos soberanos são as fortes inspirações dos escultores.
Vale lembrar os hebreus, vindos dos contornos do deserto árabe e Mesopotâmia, cuja história é retratada na Bíblia. Surgiu  com o patriarcado de Abraão, proveniente de Ur, dos caldeus.  
            Devida a sua política conturbada (como se vê até hoje nos conflitos de Israel), palácios e templos foram destruídos. Esculturas e pinturas também são resumidas, devido a proibição religiosa do uso de imagens para culto, comuns nos povos a sua volta. No entanto, na produção literária, os hebreus deixaram um grande legado à humanidade, através da Bíblia.




Grécia Antiga
Dois grupos formaram o povo grego: os dórios e os jônios A história da  arte grega se divide nos seguintes períodos: Pré-helenístico  (fase da aprendizagem); Arcaico ( fase da definição da arte); Clássico  ( fase da perfeição) e Helenístico (fase da expansão da arte para outros povos). A arte grega valorizava especialmente as ações humanas, expressava um ideal de beleza e tinha o homem como centro do universo.
A pintura grega: a ação do tempo destruiu a maioria das pinturas gregas. No entanto, os vasos gregos podem ser divididos em três grupos: Figuras pretas sobre fundo vermelho; figuras vermelhas sobre fundo preto e figuras vermelhas sobre fundo branco.  
As esculturas gregas apresentavam grande preocupação naturalista. Os principais escultores foam: Míron, Fídias, Policleto e Praxíteles. 
Arquitetura: as casas dos gregos eram simples e pequenas, contrastando com seus grandiosos templos. Estes, apresentavam praticamente a mesma estrutura interior, variando apenas suas fachadas e colunas. Podemos dividi-los em três estilos: dórico, jônico e coríntio.



Roma Antiga

Entre os séculos XII e VI a. C. , os gregos ocuparam diferentes regiões da Itália. Assim, a arte romana foi inicialmente influenciada pela arte grega. Mas, junto com a expressão da beleza, os romanos preocupavam-se com a expressão da realidade vivida..
Pintura e escultura: A pintura teve uma importância muito grande no Período Augusto. Na decoração das casas de Herculana e Pompéia, as cores mais utilizadas foram o amarelo e o vermelho. As esculturas tinham bastante preocupação naturalista. Duas grandes inovações dos romanos foram o retrato e o relevo histórico.
Arquitetura: As construções era monumentais, onde a massa domina a linha.




A arte paleocristã



            A princípio, os cristãos, perseguidos, pelos romanos, refugiavam-se nas catacumbas, onde encontramos as primeiras obras de arte que faziam alusão à nova fé: a fé cristã.
            Foi depois do Edito de Milão, em 313, que se estabeleceu a liberdade de culto religioso e surgiram as primeiras igrejas.
             Eles transformaram as basílicas romanas em igrejas e usaram os mosaicos romanos para decorar os muros e absides das basílicas com motivos evangélicos.
            O cristianismo valeu-se do Império Romano para estender-se por todo o mundo.

A arte árabe

A arte árabe é a revelação de uma cultura refinada, que compreende o campo científico-matemático e que se difundiu rapidamente em terras conquistadas pelos árabes, como Islão, Pérsia e Turquia. Na Europa, os árabes ocuparam por longo tempo Portugal e Espanha (onde surgiu o estilo mourisco), e também na França e Sicília(Itália), deixando traços de sua cultura.
Arquitetura: A arte árabe se manifesta na arquitetura. Nas mesquitas aparecem cúpulas, arabescos e construções baseadas em linhas espiraladas, com andamentos geométricos.

Arte Bárbara

            Com a tomada de Roma pelos bábaros{476}, desaparece a cultura clássica e começa o período histórico da Idade Média.
            Entre os bárbaros destacamos os lombardos, os francos e os normandos.
            A arte bárbara foi uma mistura das artes lombarda, carolígia e normanda.
            Esta arte era apenas decorativa, com ausência quase total da figura humana. Os bárbaros destacaram-se na produção de jóias e de outros objetos de grande valor artístico, como armaduras, artesanatos variados, de estilo e gosto local.

O Império Bizantino


            Em 395, o Imperador Teodócio dividiu em duas partes o imenso território que dominava: o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente. O Império Romano Oriental acabou sendo denominado Império Bizantino, e apesar das crises, conseguiu manter a unidade até 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla, sua capital.
            A afirmação do cristianismo coincidiu historicamente com o momento de esplendor do Império Bizantino.
            A denominação bizantina deriva de Bizâncio, grande cidade grega que foi capital do Império Romano do Oriente, com o nome de Constantinopla.
            A arte bizantina tinha o objetivo de expressar autoridade. As figuras tinham postura rígida, levando a observador a uma atitude de respeito.
            Mosaicos bizantinos: Como conseqüência do encontro com o oriental e o ocidental, a cor assume, na arte bizantina, um novo valor, mediante o emprego de mosaicos, que representam luxo e suntuosidade através de suas pedras coloridas.
A escultura bizantina: a escultura esteve a serviço da arquitetura. As colunas de muitas igrejas aparecem decoradas com pequenos elementos geométricos e símbolos.
            Arquitetura bizantina: o edifício típico da arte bizantina foi a igreja. Encontramos um exemplo dessa arquitetura na igreja de santa Sofia, localizada na antiga Constantinopla, hoje Istambul. 

Ícones bizantinos: Os bizantinos criaram os ícones (palavra grega que significa imagem). Os ícones são quadros que representam figuras sagradas (Cristo, Virgem e santos) e são bastante luxuosos. Geralmente revestiam a madeira de dourado e depois faziam a pintura. Posteriormente, retiravam, com estilete, a película de tinta de algumas áreas, para que estas adquirissem a cor do ouro.






Românico

            O termo românico significa que essa arquitetura deriva de Roma antiga. É uma arte séria, maciça, que predominou em muitos edifícios romanos.
            A arte românica sofreu influências de culturas muito importantes como romanos, bizantinos, bárbaros e árabes. A refinada arte bizantina e a violência dos bárbaros deixaram como sinal a arte românica, marcada pela fé característica que se pode observar na construção de igrejas, torres, batistérios, etc. Esta arte era essencialmente sacra e desenvolve-se nos mosteiros, com muita paz e trabalho.
            Pintura: As primeiras pinturas românicas são de artistas anônimos e de fundo religiosos. As obras eram de grande proporção. Suas figuras eram estilizadas {simplificadas} e as cores chapadas.
            Escultura: A escultura românica tinha a finalidade de inspirar devoção e temor, para evitar o pecado. Portanto, visava transmitir mensagens bíblicas. Desenvolveu-se em função da arquitetura, decorando os capitéis e as bases das colunas.
            Arquitetura:  Na arquitetura romana predominavam as naves no sentido horizontal. Apresentava um aspecto forte e pesado devido à abundância de pedras, muros, contrafortes e torres de planta quadrada. sua característica básica são as abóbadas, que abrigam a estrutura do edifício. Da época românica conservam-se poucas casas, mas ainda podemos contemplar muitos castelos.
 


Gótico

            O nome gótico veio com os bárbaros {godos}. Essa arte se distinguiu pela leveza das formas, vitrais coloridos, figuras mitológicas  e de heróis. Suas raízes estão na França.
            As formas góticas são, na sua maioria, rígidas e majestosas. O estilo gótico é essencialmente urbano, pois, a partir do século XII, o centro de cultura deixou de ser somente o mosteiro e se expandiu para as cidades. Nelas, as igrejas passaram a ser o núcleo central, sendo a catedral {onde encontramos as características do estilo gótico}
 o edifício mais importante da cidade.
A pintura gótica: Era realista e detalhista, onde predominavam os motivos da natureza, sem criação simbólica. Como herança bizantina, usou muito as cores azul, ocre e dourado. Apareceu na Itália, principalmente nas escolas de pintura, como a Fiorentina, que apresenta um trabalho realista, dramático, com novos valores, no qual aprece o claro e escuro.
            O mais célebre e inovador dos pintores góticos foi Giotto {1267-1337}.
A escultura gótica: A partir do século XIII, a escultura gótica, livre do convencionalismo do estilo românico, adquire um aspecto majestoso, embora expresse serenidade e simplicidade. Desenvolveu-se em função da arquitetura.
Arquitetura gótica: Era dinâmica e graciosa, com linhas verticais voltadas para o céu. Os elementos que mais a caracterizam são os vitrais e a abóbada ogival.
Os vitrais: surgiram em função da estrutura da arquitetura. Eram feitos com vidros coloridos, grossos, ligados com chumbo. Filtravam a luz natural, permitindo maior luminosidade aos interiores.





Arte pré-colombiana

            A arte que se desenvolveu na América antes da chegada dos conquistadores espanhóis é comumente chamada de pré-colombiana. Trata-se de manifestações culturais de civilizações que se localizaram no México, na América Central e no norte da América do Sul, principalmente o Peru.
            A arte dos antigos povos peruanos: Por volta do ano 1000, a civilização mais importante era a tiahuanaco, com uma admirável arquitetura e escultura de figuras maciças. Entre os anos 1300 e 1438 desenvolveu-se a civilização chimu, que produziu cerâmica, ourivesaria, vasos zoomórficos e antropomórficos, ídolos e máscaras cerimoniais.
            Entre 1400 e 1532, desenvolveu-se a civilização inca, ocupando principalmente a região andina. A arquitetura é o aspecto mais surpreendente deste povo. Sendo a cidade de Machu Picchu, no topo de uma montanha, que melhor documenta a concepção urbanística e arquitetônica dos incas. 
            A arte dos antigos povos mexicanos: Dentre as instáveis civilizações mexicanas, vale ressaltar os olmecas, que realizaram uma escultura rústica, porém expressiva, muitas delas feitas em materiais raros, como o jade. Outra característica de sua escultura era a monumentalidade.
            No entanto, é a civilização maia quem tem maior destaque neste teritório. Grandes construtores, desenvolveram uma arquitetura monumental. Geralmente, de dois tipos: a pirâmide e o palácio. A pirâmide era erguida sobre patamares retangulares em cujo topo fica o templo. O palácio, de apenas um andar, possui ornamento em relevo.A escultura, que decora templos e palácios, se apresenta em forma  de monólitos isolados. A cerâmica maia apresenta uma técnica refinada e um intenso colorido.
             A última civilização a desenvolver-se antes da chegada do europeu foram os astecas,, que ergueram imponentes templos piramidais e luxuosos palácios para um império absolutista e derígida organização social de senhores e escravos.


            Arte Pré-cabraliana


            Através dos sítios arqueológicos, foram encontradas manifestações artísticas, feitas no Brasil, antes da chegada do conquistador português. Manifestações pré-históricas {arte rupestre} foram encontradas em São Raimundo Nonato {PI}, Vespasiana
            A cerâmica á a produção mais característica a arte Marajoara, própria da ilha de Marajó.  
            Os índios produziam, e ainda produzem, uma infinidade de objetos em madeira e cerâmica, muitos dos quais verdadeiras obras de arte utilitária. Vale também lembrar a cestaria, a pintura corporal e a arte plumária, tão característicos da arte indígena brasileira.

 

 

 

O Renascimento


            O Renascimento  surgiu na Itália, por volta dos séculos XV e XVI, sendo um reviver dos ideais da cultura greco-romana. Neste período, que teve o homem como centro do universo, ocorreram muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, literatura e ciência, que superaram a herança clássica.
            Nas artes, o ideal humanista e a preocupação com o rigor científico expressaram os maiores valores da época: a racionalidade e a dignidade do ser humano.
Arquitetura renascentista : No Renascimento, a preocupação dos construtores era criar espaços compreensíveis de todos os ângulos visuais, que fossem resultantes de uma justa proporção entre todas as partes do edifício, buscando ordem e disciplina. Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas, estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer parte que se coloque.  Filippo Brunelleschi foi um dos primeiros a projetar edifícios que expressassem esse ideal do Renascimento.
A pintura do Renascimento confirma três conquistas importantes, já prenunciadas no Gótico: a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo. A combinação da perspectiva e do claro-escuro contribuiu para o maior realismo das pinturas. Principais pintores: Leonardo da Vinci, Masaccio, Michelangelo, Rafael, Fra Angelico, Botticelli e Paollo Ucello.
A escultura renascentista expressa beleza e realismo. Criando volumes e dando à estatuária o jogo de luz e sombra, mostrando, também na escultura, os ideais da época. Dois escultores se destacaram: Verrocchio e Michelangelo, sendo o segundo, quem possui a grandeza heróica de um escultor que detém os olhos e as emoções de quem quer conhecer a escultura desse período.
            A difusão do renascimento: As concepções estéticas italianas de valorização da cultura greco-romana começaram a atingir outros países europeus. Nesses países foi comum o conflito entre as tendências nacionais e as novas formas artísticas vindas da Itália. Mas esse conflito acabou se resolvendo com a nacionalização das idéias italianas.
No século XV, ainda eram conservadas, na pintura alemã e na dos Países Baixos, as características do estilo Gótico. No entanto, alguns artista como Dürer, Hans Holbein, Bosch e Bruegel, fizeram uma espécie de conciliação entre o Gótico e a nova pintura italiana, que resultava de uma interpretação científica da realidade.


Maneirismo


            Surgido na Itália em torno de 1520,  entre o Alto Renascimento e o Barroco, esse estilo se espalhou pela Europa em formas diversas, até o século XVII. Sofisticação e refinamento são os traços dominantes: o corpo se alonga e os temas confinam com o fantástico.
            Visava a discórdia em vez da harmonia e a tensão em vez do repouso. Diferenciava-se do Barroco por não difundir todos os seus elementos em motivos dinâmicos unificados, mas por produzir efeitos de ambigüidade e desconforto no lugar de energia e confiança. Como pintores desse período são destacados Parmigiano, Pontormo, El Greco e Tintoretto, sendo que estes dois últimos estão enquadrados entre os pintores barrocos.






Barroco




A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, na Itália, mas não tardou a espalhar-se pela Europa e até países da América. No entanto, assumiu caráter diferente de um lugar para outro. Caracteriza-se pelo predomínio da emoção, rompendo com o equilíbrio  Na arte barroca predominam as emoções.
            Pintura barroca italiana : As cenas das pinturas barrocas envolvem-se em acentuado contraste de claro-escuro, que intensifica a expressão de sentimentos. A pintura barroca é realista, mas a realidade que lhe serve de ponto de partida não é só a vida de reis e rainhas de cortes luxuosas, mas também do povo simples. Esta pintura desenvolveu-se nos tetos das igrejas e de palácios. Uma pintura de efeito decorativo, com audaciosas composições de perspectiva, que davam um efeito ilusionista.. Os pintores barrocos italianos mais expressivos: Tintoretto, Caravaggio e Andrea Pozzo.
Escultura barroca: A escultura barroca dá lugar À exaltação dos sentimentos. As formas procuram expressar o movimento e recobrem-se de efeitos decorativos. Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado. Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentase atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento. Dentre os escultores barrocos italianos, Bernini foi um dos mais importantes.
A arquitetura barroca : A arquitetura do século XVII realizou-se principalmente nos palácios e nas igrejas. Os arquitetos deixaram de lado a simplicidade e racionalidade e insistiram nos efeitos decorativos. Nesse período há uma preocupação estética com os espaços que cercam as construções, no que resultou na organização de praças e jardins.
            A difusão do barrocoEspanha  : Um traço original do Barroco espanhol encontra-se na arquitetura, principalmente nas portadas decoradas em relevo dos edifícios civis e religiosos. Na pintura, o uso expressivo de luz e sombra, conserva preocupações muito próprias do estilo nacional: o realismo e o domínio seguro da técnica de pintar. Principais pintores: El Greco e Velázquez.  Nos Países Baixos, o Barroco desenvolveu-se em duas direções, sobretudo na pintura. Na Bélgica, esse estilo manteve como característica as linhas movimentadas e a forte expressão emocional. Já na Holanda a pintura desenvolveu uma tendência mais descritiva, cujos temas preferidos foram cenas da vida doméstica e social, trabalhadas com muito realismo. Principais pintores: Rubens, Hals, Hambrandt e Vermeer.  No Brasil o Barroco surgiu um pouco mais tarde, no decorrer do século XVIII. Foi nas cidades históricas de Minas Gerais, em Salvador (Bahia) e em  Olinda ( Pernambuco) que o movimento teve sua maior expressão. É principalmente na arquitetura das igrejas e em seu interior que encontramos as maiores jóias do Barroco brasileiro.
            Desse período destacam-se dois grandes artistas: o pintor Mestre Athayde, com suas virgens e anjos mulatos, e o genial escultor e arquiteto Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), com suas esculturas dos profetas em pedra-sabão e representação da Paixão de Cristo, esculturas em madeira policromada. Dentre as igrejas projetadas pelo artista está a de São Francisco, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais.



O Rococó



O Rococó teve início na França, no século XVIII, difundindo-se a seguir por toda a Europa. O termo “rococó” vem da palavra francesa rocaille que significa concha. A arte rococó pode ser caracterizada como requintada, aristocrática e convencional, preocupando-se em expressar apenas sentimentos agradáveis e que procurou dominar a técnica da execução perfeita. O Rococó refletia os valores de uma sociedade fútil que buscava nas obras de arte algo que lhe desse prazer e a levasse a esquecer seus problemas reais.
Na arquitetura, o estilo rococó manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores, que se revestiam de abundante e delicada ornamentação. As salas e os salões têm, de preferência, a forma oval e as paredes são cobertas com pinturas cores claras e suaves, espelhos, ornamentos com motivos florais com estuque.
Pintura rococó: Os temas da pintura rococó são mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos. Predominam as tonalidades claras e luminosas. A técnica do pastel passa a ser bastante utilizada, pois permite a produção de efeitos de leveza e delicadeza dos tecidos, maciez da pele feminina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos. Principais pintores: Watteau, Fragonard e Chardin.
A escultura rococó é intimista, geralmente procura retratar as pessoas mais importantes da época. Também criou estatuetas decorativas em porcelana. Principais escultores: Jean Antoine Houdson, François Boucher e Étienne Maurice Falconet.
No Brasil, o Rococó foi introduzido pelo colonizador português e sua manifestação se deu principalmente no mobiliário, conhecido por “estilo Dom João V”.



  

Academismo



            Movimento que substituiu o Rococó, retomando os princípios da arte clássica: valorização das ações humanas e expressão da beleza ideal. É, por isso, conhecido também por Neoclassicismo. Predominou nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XX.
A arquitetura neoclássica seguiu os modelos dos templos greco-romanos ou das edificações do Renascimento italiano. Os principais arquitetos foram Jacques Germain Souflot e Karl Gotthard Langhans.
A pintura neoclássica foi inspirada, principalmente, na escultura grega e na pintura renascentista italiana, procurando o equilíbrio da composição e a harmonia do equilíbrio. Os principais pintores clássicos foram Jacques-Louis David e Jean Auguste Dominique Ingres.
           No Brasil, a pintura acadêmica se iniciou com a chagada da Missão Artística Francesa, em 1816 e a criação da Academia e Escola de Belas-Artes, em 1826.


Romantismo

Situado historicamente entre 1820 e 1850, o Romantismo foi uma reação ao Neoclassicismo, pois procurava se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão do artista.
A pintura romântica aproxima-se das formas barrocas. É dinâmica, realista, dramática, com forte contraste de claro-escuro. Os temas são fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas.
            Os principais pintores são: Delacroix, Goya, Turner e Constable.


Realismo



Com o desenvolvimento industrial, surgiu nas artes uma nova tendência, que propunha deixar de lado as emoções e as interpretações subjetivas da realidade,
            Pintura: A principal característica desse movimento é a representação tão objetiva da realidade que o artista é como um cientista estudando um fenômeno da natureza. O Realismo (ou Figurativismo) considera que o artista não deve “melhorar” a natureza em suas obras, pois a beleza está na realidade como ela é. Essa tendência politizou o artista e daí surgiu a  pintura social, denunciando as desigualdades entre trabalhadores e burguesia.


O Movimento das Artes e Ofícios e o Art Nouveau

Em 1835 foram criadas escolas oficiais de desenho com o objetivo de aprimorar o design das manufaturas e tornar a arte compatível com a industrialização. Alguns críticos temiam que o processo de industrialização vulgarizasse ou mesmo destruísse o conteúdo artístico dos objetos industrializados. Tais idéias acabaram por constituir o Movimento das Artes e Ofícios, que exerceu uma grande influência no moderno desenho industrial, estabelecendo a prática de os artistas desenharem objetos para a produção em série pela indústria.
No final do séc. XIX, surgiu o Art Nouveau, que foi a soma de diversas tendências, reunindo Artes e Ofícios, arte oriental e decorativas e iluminuras medievais. Envolveu principalmente os objetos ornamentais e a arquitetura. Nas  “artes aplicadas” (objetos de uso cotidiano) foram usadas as linhas sinuosas que recriavam as formas vegetais. A principal conquistado Art Nouveau  foi promover uma verdadeira unidade das artes. Móveis, objetos e o próprio edifício, passaram a ser criados a partir de uma mesma tendência decorativa.
            Principais artistas: Walter Crane, K. Greenaway, C.R. Mackintosh, R. Lalique e L.C. Tiffany.





Impressionismo

Estilo que revolucionou a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX.
Pintura: Os impressionistas procuram registrar em suas telas as constantes alterações que a luz solar provoca na naturaza. Principais pintores: Claude Monet, Renoir, Degas.
No Brasil, a pintura impressionista de Eliseu Visconti abriu o caminho da modernidade à arte brasileira.


Pós-impressionistas


            Alguns pintores identificaram-se com o Impressionismo apenas no início. São artistas de tendências bem diversas e verdadeiros precursores do  Expressionismo. Principais pintores: Paul Gauguin, Paul Cézanne,  Toulouse Lautrec e Vincent Van Gogh.


Expressionismo


O Expressionismo foi uma corrente de reação ao Impressionismo, que não representava o drama interior do homem, não manifestando as sua mais profundas emoções.
A pintura expressionista: Os expressionistas deformam a realidade, expressando com força seu pessimismo em relação ao mundo; suas pinturas fogem às regras tradicionais de equilóbrio, regularidade das formas e harmonia das cores. Principais pintores: Kirchner e Munch.
            No Brasil: a arte de Lasar Segall representou o primeiro contato que o nosso pais teve com o Expressionismo.



Cubismo


            A pintura cubista representa todas as partes do objeto num mesmo plano, como se o objeto estivesse aberto e apresentasse todos os seus lados no plano frontal. O Cubismo baseia-se na destruição da harnonia clássica e na decomposição da realidade. O maior representante do Cubismo foi Pablo Picasso (l88l -l973). Outro destaque foi Braque.  Vicente do rego Monteiro foi o primeiro artista brasileiro a realizar obras de pintura cubista.





Abstracionismo

            O Abstracionismo não representa a realidade que nos cerca. Através de formas e cores, a pintura abstrata procura expressar determinado estado de espírito e sentimentos.
            Mondrian apresentava um abstracionismo geométrico, enquanto o abstracionismo de Kandisnky é considerado informal.





Surrealismo

            Para  os surrealistas, a obra de arte não resulta de manifestações lógicas do consciente, mas sim de manifestações aparentemente absurdas e ilógicas do subconsciente, como as imagens dos sonhos e das alucinações.
            O Surrealismo apresentou duas tendências: O Surrealismo figurativo de Salvador Dalí e o Surrealimo abstrato de Juan Miró.





Op-Art

            Significa “arte óptica”. Esse termo vem da década de 60, para denominar um estilo de pintura abstrata que se apóia em efeitos visuais. As pinturas da Op-Art apresentam diferentes figuras geométricas, combinadas de tal forma que provocam no espectador sensações de movimento; se o observador muda de posição, tem a impressão de que a obra se modifica, parecendo movimentar-se.
            As esculturas op-art movimentavam-se impulsionadas pelo vento ou através de motores. As esculturas de Alexander  Calder foram batizadas de móbiles. 




Pop-Art

            Significa “arte popular”. Essa corrente cresceu nos Estados Unidos e tem como principais representantes Andy Warhol, Lichtenstein, Rauschenberg e outros.
A proposta deste movimento é romper a barreira entre a arte e a vida comum. Seus trabalhos artísticos exaltam o popular e a vida cotidiana.
            A fonte de inspiração dos artistas pops é o dia a dia das grandes cidades; o que interessa são as imagens, o ambiente, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos.
            Os recursos a Pop-Art são os mesmos dos meios de comunicação de massas: cinema, televisão, publicidade. Os temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas: lâmpadas, automóveis, tampinhas de garrafas, rótulos, etc. 

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